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Sobre o Tempo Pascal


O tempo Pascal começa no Domingo da Ressurreição do Senhor e termina no Domingo de Pentecostes. São cinquenta dias no total. Este ano será de 12 de abril a 30 de maio. Neste tempo litúrgico, a Igreja convictamente anuncia que Cristo vive realmente, que Ele Ressuscitou e está no meio de nós. Páscoa no hebraico significa passagem. Para nós cristãos, se refere à memória da passagem dos israelitas da escravidão do rei do Egito para a liberdade, a saber, para terra prometida. Esta libertação chamamos de primeira Páscoa, celebrada no Antigo Testamento. A segunda Páscoa é a de Jesus, é a passagem da morte para a vida, ou seja, a morte e Ressurreição de Jesus Cristo. O tempo pascal tem como objetivo conscientizar de que fomos ressuscitados com Cristo e que, portanto, devemos nos comportar como pessoas ressuscitadas. Pessoa ressuscitada é aquela que na vivência da fé no Ressuscitado consegue superar os “egitos” no seu cotidiano. Quais são os “egitos? São tudo aquilo que nos prende, que nos faz sofrer e nos escraviza. Egito pode ser também todo sistema político desigual que oprime, que mata, desumaniza e nos faz reféns. Por isso, o tempo pascal é o momento de rompermos com as estruturas “egípcias” de mortes, prisões e cativeiros, e, anunciar sem medo a abundância da vida nova que a Ressurreição trouxe para o mundo. São Paulo na carta aos Colossenses 3, 1-14, mostra que o cristão que vive a experiência do Ressuscitado é aquele que busca “as coisa do alto”, ou seja, que consegue viver desapegado das coisas da terra (“dos egitos da vida”), e marcha em busca da terra prometida. Quem procura fazer a passagem das coisas da terra para as do céu, a este o apóstolo vai chamar de homem novo. Portanto, o tempo pascal, é um período que nos convida ao anúncio do Cristo Ressuscitado. É o tempo propício para sermos missionários da Ressurreição e comunicadores autênticos e fervorosos da nova criatura que somos. Se não pregarmos e não testemunharmos o Ressuscitado, não faremos a experiência da Ressurreição, e, consequentemente não seremos presença alegre e Ressuscitadora na vida dos outros. Que neste tempo Pascal, possamos nos esforçar para sermos homens e mulheres transmissores e comunicadores da vida e da Ressurreição, dentro desse mundo marcado pela cultura de morte, do ódio e da violência. Ele Ressuscitou e está no meio de nós.

Pe. Alessandro Ferreira Moreira C.SS.R.



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