O silêncio sagrado na Celebração Eucarística
O silêncio é muito valorizado pela liturgia, previsto em vários momentos: no ato penitencial, antes da oração da coleta, após as leituras e a homilia, após a comunhão... Mas também já antes da Celebração é bom fazer silêncio, tomando consciência de estarmos na presença de Deus. Por isso é muito importante que o presidente, os ministros, o grupo de canto e instrumentistas, enfim toda a assembleia, aprendam a valorizar o silêncio orante, pleno do Espírito, a serviço da participação ativa dos fiéis. O Espírito age no silêncio, é ele que nos conduz à contemplação do mistério de Cristo.
É preciso redescobrir e valorizar o som do silêncio nas nossas Celebrações, hoje muito barulhentas, com instrumentos musicais e aparelhos ligados em alto som, muitas vezes sufocando a mensagem do canto, ou mesmo o cantar e gesticular sem parar, sem dar espaço à escuta e contemplação.
Para concluir um pensamento do Frei Faustino Paludo,: “Iludem-se os que ainda pensam que celebra com maior intensidade quem mais fala, comenta, canta, faz barulho, movimenta-se, aplaude, ri, chora e dança. O desafio está em reconhecer que, em meio a tantos ruídos, perde-se a profundidade do que se fala, do que se canta, da ação que se realiza.”
Pe. Paulo Morais, C.SS.R. Curvelo/MG