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Pe. Jesú Ferreira Assis, C.Ss.R.

Encontros pessoais e conscientes


“O homem religioso de amanhã será um místico ou não poderá ser religioso, porque a religiosidade de amanhã já não será compartilhada na base de uma convicção pública e óbvia.”

Karl Rahner

O Contexto social atual deixa-nos perplexos: lares desfeitos, povos atolados na miséria e fome, violência, religiões combatendo-se, etc. Como discípulos de Jesus, temos responsabilidade neste retardamento do projeto de Deus de fazer da humanidade uma família unida no amor. É nossa missão. Três encontros pessoais e conscientes são fundamentais hoje: Encontro com Jesus (Deus), encontro com o “Homem”, encontro com o pobre. _ Encontro pessoal e consciente com Jesus (Deus). Conforme o convertido John Neumann, um cristianismo baseado apenas nas estruturas sociais, fruto do ambiente favorável, acabaria na indiferença entre os letrados, e na superstição entre os iletrados. A fé autêntica é uma experiência pessoal e consciente, que brota lá do fundo (mente, coração, vida). Descobrimos que quando nos aproximamos de Deus, mais perto ficamos também do “Homem”, inspirados por Ele. _ Encontro pessoal e consciente com o “Homem”. Vasto campo oferece o mandamento de amor ao próximo... porque o próximo se faz... Uma das perspectivas sociais mais inquietantes é na atualidade a perda de referentes orientadores: a religião vai perdendo força, a moral encolhendo-se, a Igreja fragilizada em suas atitudes (infantilismo, dogmatismo, moralismo, intolerância, etc.). Nas estradas digitais, a necessidade de estar conectado, isola até de alguém a seu lado. Todo o contexto social puxa para o isolamento. Encontrando com o irmão na comunidade, descobrimos a presença do pobre. _ Encontro pessoal e consciente com o pobre. Para sentir sua situação

(compaixão), para despertar a misericórdia. Trata-se de estar presente na vida dele, não apenas através de obras sociais. Para dialogar, apoiar sua luta, valorizar as pessoas mostrando a igualdade de todos como filhos de Deus. O São Oscar Romero lembra que “o mundo dos pobres é a chave para compreender a fé cristã”. Para que esses encontros sejam possíveis é necessário e urgente um amplo trabalho de conscientização. Deus quer o “Homem” sujeito da sua história.

Pe. Jésu Assis, C.SS.R. Curvelo/MG


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