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Reino de Deus, um desafio humano.


Painel dos Mártires Cuiabanos

“O Reino de Deus cresce por conta de Deus... mesmo assim nossa tarefa é acolhê-lo, esperá-lo, pedi-lo e construí-lo.” ( Dom Pedro Casaldáliga)

Jesus escolheu a expressão “Reino de Deus” como símbolo de sua mensagem e atuação. Os judeus esperavam que Deus mudaria esta nossa realidade humana injusta e má. Deus reinará e estabelecerá nova realidade marcada pela justiça, libertação e paz, numa visão histórica.

Para Jesus, o Reino tem uma dimensão histórica e uma dimensão escatológica. Vai-se realizando aqui, agora, uma transformação que será total, global, estrutural.

“O velho mundo purificado de todos os seus males e repleto da realidade de Deus” (L.Boff). O Cristianismo não é apenas uma força de desenvolvimento humano, histórico. Ele vai além da história, é transcendente.

Seguir Jesus é assumir com Ele sua causa (o Reino) que é também a nossa. O homem associa-se a Ele, vivendo e promovendo os valores do Reino. Deus plenificará e com uma novidade que só dele virá (1Cor. 2,9).

A tarefa dos seguidores tem um parâmetro na própria vida de Jesus (Nele realiza-se o Reino) marcada pela opção pela vida, pela pessoa integral (corpo e espírito), pelos pobres injustiçados, pelo serviço fraterno, pela misericórdia como principio básico da ação missionária, pela comunhão de vida no amor.

A plenitude do Reino sustenta-se naquilo que os homens realizam, acionando os valores do Reino na historia. Esse processo do Reino, dentro das estruturas do pecado, enfrenta forças contrárias, retardatárias, às vezes dentro do próprio ambiente religioso. Um grande obstáculo é o “pessimismo existencial”, diante da realidade pecadora, diante dos fracassos que estão levando à indiferença, ao desânimo e mesmo ao descrédito no próprio ser humano, em quem o próprio Deus confia, querendo-o como sujeito de sua própria história, como parceiro seu.

Outro grande obstáculo é superar uma religiosidade dispersiva, às vezes doentia, de falsa segurança, burguesa, cuja única preocupação parece ser a salvação individual e o consolo espiritual. Isso está impedindo um encontro pessoal, consciente, existencial e alegre com Jesus. Esse encontro pessoal, estimulante, daria novo dinamismo no empenho pelo Reino de Deus.

Pe. Assis


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