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CONHECENDO SÃO GERALDO MAJELA

SÃO GERALDO EM ÊXTASE

Em uma das paredes da Basílica, encontramos uma pintura que retrata um momento muito importante da vida mística de São Geraldo. Certa vez ele atendia os pobres na porta do Convento. Entre os beneficiados estava um cego exímio tocador de flauta. Sendo que São Geraldo apreciava uma boa música, certo dia, pediu-o para tocar uma canção já muito conhecida, composta por Santo Afonso de Ligório, fundador da Congregação Redentorista: “Tua Vontade e não a minha”. Enquanto ouvia a canção, elevou-se do solo em êxtase, com os braços abertos e os olhos fulgurando de brilho beatífico.


São Geraldo é um caso extraordinário. Desde pequenininho já apresentava características de um místico, de estar sempre imerso no mistério de Deus. Segundo os seus hagiógrafos, uma das primeiras palavras que ele aprendeu foi o nome de Nossa Senhora: “Madonna!”. Realmente Geraldo foi diferente de todos os bebês. Segundo o relato de sua mãe, dona Benedita, quase não chorava, mesmo quando tinha fome. Às sextas-feiras, costumava recusar o seio por penitência.

O certo é que S. Geraldo recebeu de Deus um dom especial. Sua história é marcada por muitos fatos extraordinários, incompreensíveis para a nossa visão extremamente racionalista. Certamente a piedade popular aumentou os fatos, mas muitos deles foram testemunhados por pessoas de sua família, confrades e outros que o acompanharam. Alguns estão documentados no processo de sua canonização.


Gerardo Melo Mourão, em seu livro O Bêbado de Deus, relata: “E contam: todo o povo de Corato assistiu o que ali aconteceu na Quinta-feira Santa de 1753. Levavam em procissão um painel representando Jesus Crucificado. Quando o cortejo entrou na Igreja dos Beneditinos, Gerardo está lá rezando ajoelhado. Seus olhos se voltaram para a imagem do Senhor e subitamente ficou fora de si, num êxtase que o levou a uma considerável altura do chão”.


Um outro episódio semelhante, contam as monjas de Ripacandida. Certo dia, enquanto Geraldo falava-lhes sobre o amor de Jesus, entrou em êxtase.


Seu corpo tornou-se luminoso como um sol, e a tal ponto incandescente, que a grade de ferro da janela, com as pontas agudas que as ornavam, se dobrou em suas mãos como se fosse “cera”.

Muitos outros fatos poderiam ser relatados aqui. Eles expressam a intimidade e a sintonia de Geraldo com Deus, sua comunicação intensa com Jesus. Para ele o mais importante era fazer a vontade de Deus. Eram as suas aspirações: “Amar muito a Deus. Estar sempre unido a Deus. Fazer tudo por Deus. Amar tudo por Deus. Conformar-me sempre com a vontade de Deus. Sofrer muito por Deus”. Que a exemplo de São Geraldo possamos abrir-nos à graça Deus, procurando fazer sempre a sua vontade, conformando nossa vida a de seu Filho Jesus Cristo.


Pe. Américo de Oliveira, C.SS.R.

Reitor da Basílica de São Geraldo

Curvelo/MG


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