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Solenidade do Santíssimo Redentor


A solenidade do Santíssimo Redentor celebra Jesus Cristo como realizador da redenção universal em sua obra salvífica. Esse mistério é celebrado hoje (3º. Domingo de julho) não enquanto fato histórico – objeto do tríduo pascal – mas em sua natureza íntima salvífica, em seu significado universal, em seus efeitos histórico-transcendentais e permanentes, assim como em suas causas trans-históricas, a saber, o amor do Pai que, compadecido dos homens, nos deu seu Filho único e o amor de Jesus Cristo que o levou a entregar-se por nós (Missal Redentorista, p.31).

Eis o que encontramos no Léxico Familiar Redentorista, p. 68:

REDENTOR

São múltiplas as estradas através das quais a Igreja procura penetrar os Mistérios do Cristo. Senhor e Redentor. O Redentorista está convencido que todas precisam confluir no amor. “Obrigam-se os Redentoristas, seguindo sempre o magistério da Igreja, a serem, entre os homens, servos humildes e audazes do Evangelho de Cristo, Redentor e Senhor, princípio e modelo da nova humanidade. Este anúncio visa especialmente a copiosa redenção, isto é o amor de Deus Pai ‘que nos amou primeiro, e nos enviou seu Filho, como propiciação pelos nossos pecados’ (1Jo 4,10) e que pelo Espírito Santo Vivifica a todos os que n’Ele creem (n.6).

É um amor que não se deixa bloquear nem sequer pela recusa mais absurda: o da cruz. Olhando o Crucificado, o Redentorista encontra não a derrota, mas a vitória pascal do amor. Faz sua a perspectiva inculcada por Santo Afonso na Prática de Amor a Jesus Cristo: “Pôde dizer o grande amante de Jesus Cristo: São Paulo: O amor de Cristo nos impele (2Cor 5,14). E quis dizer o Apostolo que não tanto aquilo que Jesus Cristo sofreu, mas sim o amor que nos demonstrou ao sofrer por nós, nos obriga e quase nos força a amá-lo” (em Opere Ascetiche, Vol.1, Roma 1933, cap.1, n.8,5).

Por que é expressão de amor, a “redenção atinge o homem todo, aperfeiçoa e transfigura todos os valores humanos, para que todas as coisas sejam recapituladas em Cristo (cf. Ef 1,10; 1Cor 3,230 e conduzidas a seu fim: uma nova terra e um novo céu (cf. Ap 21,1)” (Constituição 6).

Por isso os Redentoristas não se cansam de anunciar que somente no Redentor “encontra verdadeira luz o mistério do homem... revelando o mistério do Pai e do seu amor revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime” (Gaudium et spes, n.22).

O Redentor é amor, que quer irradiar-se, comunicar-se, levando todos à plenitude e à felicidade. A sua Kênosis, até o absurdo da cruz (cf. Fl 2,6-11), desmente todas as “suspeitas” com relação a Deus que nossa cultura tem acumulado: Deus não limita o homem, mas se faz dom incondicionado, que enche de esperança toda a nossa história.

Dedicando-se com todas as suas forças ao anuncio da “copiosa redenção”, todo Redentorista sabe, como repetia Santo Afonso, que é seu “dever principal” o de “deixar em cada pregação que faz os seus ouvintes inflamados do santo amor” (Opere Complete, vol. III, Torino 1847, 288).

Por isto, os redentoristas procuram compreender o mistério do Redentor pondo-se sempre no lugar daqueles que mais necessidade têm dele, porque marcados pelas conseqüências nefastas do pecado. O redentor não é só quem devem anunciar, mas também quem devem “continuar” para que o anúncio seja autêntico. Compartilhar das dificuldades daqueles que têm mais empecilhos para abrir-se ao amor do Redentor, é sempre o primeiro passo para toda evangelização autêntica.

A vida cotidiana será indicada como o lugar em que o amor do Redentor atinge toda a pessoa: enquanto dura, poderia abrir-se à esperança. Os pobres e os abandonados descobrirão a dignidade de batizados e a vocação à santidade.

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