“Todas as relações humanas (familiares, sociais, comunitárias... apaixonadas, etc.) para serem autênticas devem procurar sua fonte em Deus e ser testemunhos do amor de Deus.”
(Henri N.)
Algum tempo atrás, meditávamos com vocês, através desse “A Caminho com São Geraldo”, sobre o Deus revelado em Jesus: voltado-inclinado para nós... Deus para nós: criou-nos, deu-nos seu Filho Jesus, santificou-nos e transformou-nos no seu Espírito Santo, prepara para nós uma vida eterna e feliz junto dele, fez de nosso mundo o seu mundo. O verdadeiro retrato de Deus só pode ser feito por Jesus, seu Filho único. A fé cristã consiste em acreditar que Deus nos ama e quer ser amado. E toda a moral cristã propõe-nos um caminho de amor. Os homens pouco a pouco, através dos tempos, foram entendendo e imaginando Deus... Primariamente, atribuindo a Deus os valores que descobriam em seus semelhantes, elevando-os ao máximo: todo poder, toda força, toda beleza, toda inteligência. Comparando: Assim, o caminhar de uma criança diante de seu pai, vê-o poderoso... ele manda e a gente obedece, senão ele castiga... À medida que a criança se desenvolve, vai diminuindo o tamanho do pai, descobrindo que o pai pode ser substituído... Mas, ela vai também percebendo que o pai a ama, por ela se sacrifica, quer fazê-la feliz. Voltemos a Deus. Muitos cristãos continuam hoje atribuindo a Deus todo um poder que Ele não tem... considerando-o poderoso, aquele que manda e castiga... No entanto, Jesus ensina que os mandamentos não são ordem para mostrar o poder, mas pistas de vida para orientar e facilitar a vivência do mandamento do amor. Também a pobreza tem a ver com o amor e o poder no Evangelho. A pobreza salienta o amor de Deus. Pobreza: ausência de riqueza, ausência de poder... O Filho, manifestando amor, nasceu pobre, viveu pobre, conviveu com o pobre, morreu pobre... Tornou-se pobre para nos enriquecer. Também salientam o amor de Deus, como seu poder, os frágeis meio humanos na continuação da obra de salvação: “Palavra, Pão e vinho eucarísticos, Igreja frágil” (Papa Francisco). Por fim, a máxima revelação da divindade de Jesus acontece na sua morte, quando é revelado o verdadeiro rosto de Deus: Amor.
Pe. Jésu Assis, C.SS.R. Curvelo/MG